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23.4.11

Branco Jardim de Quimeras



Em meus sonhos sou luz
Que beija a tua face rosada
Percorre teu corpo
Deseja a tua boca
De puro delírio e desejo
Doce vício
Torrentes de amor
Quimera perfeita
Paixão eleita e sentida
Teus lábios de carne quente e macia
Transforma tudo em poesia.
Visão mais que perfeita
Jardim de acácias alvas
Jasmim perfumado
Doce serenata
Rosa rubra orvalhada 

by Branca   [12/01/2010]

5.4.11

3.4.11

Um dia ... um quintal

Um dia eu já tive um quintal.
Um quintal lindo!!!
Com árvores frutíferas, flores perfumadas, borboletas mil, passarinhos alegres.
Banquinhos debaixo da jabuticabeira.
Sentávamos ali e ficávamos ouvindo o canto dos pássaros. Saboreávamos os doces frutos da jabuticabeira, laranjeira, pitangueira, do pé de acerola, da mexeriqueira, do jambeiro, das ameixeiras, etc.
Eu podia passar um milhão de tardes naquele lugar de tão especial que era.
Era o lugar mais gostoso de nossa casa!
Hoje se tornou um depósito de lixo e entulho.
Destruíram meu lugar especial.
Destruíram meu recanto tão agradável.
Hoje é só sujeira, lama, lixo.
Hoje tudo aquilo se perdeu. Cortaram minhas queridas arvores, Pouco a pouco, destruíram tudo.
A jabuticabeira que ainda resiste a tudo, já não tem mais aqueles agradáveis banquinhos debaixo dela.
Hoje ela está afundada em entulhos por todos os lados.
Eu me entristeço no fundo da alma quando vou lá e sei que ela está triste também.
Ninguém mais suporta aquele lugar.
Eu sinto como se tivesse sido roubada. Roubaram a minha alegria.
Sequer posso reclamar. De nada adianta.
Posso apenas entristecer-me.
Entristecer-me e sentir saudades do meu lugar especial. Pois não me entendem. É como se todo aquele entulho fosse muito mais necessário.
Quem se importa com o que penso ou acho de tudo isso?
Não tenho esse direito. Sou como um nada. Morri.
É isso. Estou morta. Portanto ninguém me vê, ninguém me ouve, ninguém se importa com meus sentimentos.
Quando falo me ouvem, mas não me escutam. São apenas tolices.
Deve ser assim que se sentem as almas que voltam na terra e vêem as coisas que lhe eram tão caras jogadas, destruídas, desprezadas.

by Branca - Todos os direitos reservados


postada originalmente em 22/04/09